Compreendendo o significado de nossas Missões Espirituais

Fisher of Men — DUDASH, Michael

Às vezes, podemos nos encontrar presos nos oceanos de nossas mentes. Sentirmo-nos perdidos, sem saber o que fazer e decifrar se há algum sentido ou não. Que perdeu sua missão e, sim, é possível que a tenha perdido. Por exemplo, se minha missão, definida por um médico ou nutricionista, é comer abóboras, mas eu não quero comê-las, simplesmente perdi esta minha missão. Porém, posso pensar e escolher outra forma de fazer, e tudo bem, o importante é que comi a abóbora.

Com este exemplo, quero que você entenda que uma missão é algo que você pensa sobre e escolhe fazer ou se dedica a isso. Como assim? Primeiro, é preciso se sentir confortável ​​com o conceito de que tudo tem dois lados, assim como uma moeda. Segundo, deve se sentir confortável em negar o primeiro porque, se você perceber, eu disse “pense e escolha”, então há um fator chave para isso. Não estou falando de livre-arbítrio, que é o direito de escolha. Estou falando da capacidade de escolha, isto é, do arbítrio-consciente. Cristo nos dá testemunho disso (João, 10:17 e 18): “o Pai me ama, pois Eu dou a minha vida para reassumi-la. Ninguém me tira minha vida de mim. Pelo contrário, Eu espontaneamente a ofereço. E tenho Autoridade para entregá-la e também para reavê-la. E este mandato recebi de meu Pai”.

Em relação a uma missão, podemos dizer que existem aquelas que escolhemos para nós e aquelas que somos obrigados a cumprir. As particularidades de cada uma dependerão de ambos: livre-arbítrio e arbítrio-consciente. As missões são definidas previamente à nossa vida reencarnada ou enquanto encarnados. Isso é algo que geralmente esquecemos ou simplesmente não pensamos. Mas, as missões a que somos obrigados; foram escolhidas por nossa própria consciência quando no Mundo Espiritual, e só podem ser cumpridas na Terra. Agora, você pode estar se perguntando: “o que ele quis dizer com esse exemplo do Mundo Espiritual?”

Nem tudo o que vemos é a verdadeira realidade daquilo que pensamos. Matrix é um bom exemplo disso, embora seja um filme, a ideia filosófica por trás dele já nos introduz à percepção de algo além da realidade. Pense nisso, comece a perceber nos momentos da sua vida onde a lógica te dá um contexto e uma razão, mas os fenômenos a transcendem. Depois disso, você começará a perceber a realidade além do que os olhos materiais podem ver. Mas, o assunto da reencarnação ainda é um assunto terreno.

“Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes que Eu te disse: Você deve nascer de novo. Se vos falei de coisas terrenas, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” Jesus (João, 3:5-7 e 12)

Missão ou missões?

Ninguém te impõe uma missão a cumprir. Nem mesmo Jesus, porém, Ele tem Autoridade recebida de Deus para validar e autorizar conforme a Lei Divina e a Vontade de Deus, mas quem escolhe consciente ou inconscientemente é você. Cristo nos dá permissão para reencarnar nesta Terra que Ele governa, mas espera que ao menos tenhamos a Boa Vontade de ajudar em Seu Planejamento Divino.

O Irmão Paiva Netto, Presidente-Pregador da Religião do Terceiro Milênio, resume com esta citação: “Quem determina o nosso destino não é a vontade alheia. É a nossa decisão em Cristo Jesus!”.

O Mestre Celestial, lembrando-se dos Salmos (82:6), disse (João, 10:34): “vós sois deuses”. O detalhe é que é com “d” minúsculo. O presente que você enfrenta ou o futuro que terá são resultados de escolhas passadas que você fez. Isso não significa um fator determinista às experiências traumáticas. Essa ideia não condena crianças ou infelizes que sofreram no passado e agora têm um presente traumático, não. Pelo contrário, mostra-nos que a pessoa tem tudo à sua disposição para se fortalecer, superá-lo e ver o seu passado com um olhar misericordioso, justo e amoroso. Não confundamos misericórdia e amor com injustiça, é o oposto, elas complementam a Justiça.

Se você se sentir encalhado, se sentir que perdeu a missão, lembre-se de que com a ajuda de Jesus você tem o poder de reencontrá-la, você! Isso costuma passar despercebido, e as pessoas gritam aos céus dizendo que foram abandonadas por Deus. É irônico, porque somos nós que nos afastamos de Deus e do Cristo, não nos sentindo dignos de Sua presença ou, ao contrário, nos sentindo maiores que o Rei dos reis. Como se recusando a Deus, nos tornaremos maiores e mostraremos a Ele como é que deveria ter sido feito. Poderíamos dizer que isso seria, como comumente considerado, uma síndrome luciferiana.

Agora, normalmente, pensamos que temos uma Grande Missão a cumprir na Terra. Não nego que temos, porém, não é tudo. Podemos usá-la como uma bússola para entender nosso caminho, mas ao longo dela aparecerão outras que podem complementá-la ou comprometê-la. Além disso, na maioria das vezes não sabemos bem, digamos, qual é a nossa Missão Principal. Isso não significa que não podemos descobri-la. É que nos confundimos ao pensar que nossa Missão Principal está ligada a um aspecto específico de nossa vida.

Tomemos como exemplo, padeiros. Como alguém que respeita muito esta profissão, porque adoro padarias, não podemríamos dizer que a principal missão de um padeiro é descobrir uma receita diferente que crie um tipo de pão extraordinário. Ele até pode escolher fazer disso uma missão e, por meio de seu amor pelo ofício, manifestar Deus. Porém, será uma missão secundária à principal que a pessoa precisa cumprir. De que adianta criar o melhor pão de todos os tempos se você vai precisar reencarnar, porque não aprendeu a lição do perdão, do amor e da solidariedade e esqueceu de alimentar sua família também com esses princípios?

A diferença entre elas é que uma Missão Principal é uma ideia geral ligada a um objetivo específico, e uma missão secundária é um objetivo específico ligado a uma ideia geral.

Seria assim: Trazer a Paz à Terra (ideia geral) focando primeiro nas famílias (objetivo específico). A secundária seria trabalhar pelos meios (objetivo específico) para manter minha família em paz (ideia geral).

O que Jesus espera de mim?

O Dr. Viktor Frankl, criador da Logoterapia, modelo de terapia aplicada à psicologia, trouxe uma abordagem diferenciada para a busca do sentido da vida:

— “Nesse ponto seria útil uma virada conceitual de 180 graus, após a qual a pergunta não pode mais ser “O que posso esperar da vida?” mas agora só pode ser “O que a vida espera de mim?” Que tarefa na vida está esperando por mim?”

Com todo o respeito ao Dr. Frank. Aqui, em nosso debate, poderíamos perguntar “O que Jesus espera de mim?”

Precisamos fazer esta pergunta, porque, às vezes, parece que buscamos uma Religião apenas para atender nossas necessidades materiais e psicológicas, ao invés de procurá-la realmente como uma forma de nos ajudar a encontrar um significado ativo e profundo através de nosso própria esforço com a ajuda natural do Cristo. Não vamos usar o tempo de oração apenas para pedir “coisas” de Jesus ou de Deus, mas para realmente nos envolvermos em um debate mais profundo e significativo que pode nos guiar nesta vida que estamos vivendo atualmente. Como o Dr. Frankl também argumenta: “Religião é a busca pelo significado definitivo”.

Jesus como nossa Bússola Divina

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Estas palavras de Jesus em Seu Evangelho (João, 14:6), já nos dão uma direção para o cumprimento de nossa Missão Espiritual.

Sempre teremos alguém como exemplo para nós. Que para nós possui o jeito certo de ser, carrega uma verdade, nos dá vida e que é o nosso propósito para viver. Então, por que não usar o Cristo como exemplo? Se queremos verdadeiramente sentir, ver e estar com Deus, Jesus é o Maior Exemplo para dedicarmos nossas vidas. Aquele para seguirmos e assim também poderemos ser Um com Deus.

 

Somente através disso qualquer Missão Espiritual que decidirmos cumprir produzirá Fruto Divino. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Eu sou a videira, vós os ramos: quem está em mim e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podereis fazer” Jesus (João, 15:1 e 5). Ele é a Videira Verdadeira e para dar frutos que persistam no tempo e no espaço (Apocalipse, 2:7) temos que nos colocar voluntariamente como Seus ramos.

E, novamente, você pode escolher qualquer Missão Principal e secundária como sua Espiritual, desde que seu objetivo final seja Deus, que é Amor (1 Espístola de João, 4:8). Você também deve estar atento às que escolheu antes da sua reencarnação. Eu, por exemplo, escolhi o objetivo da minha Igreja, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo: Preparar os caminhos para a Volta Triunfal de Jesus e salvar vidas e almas para Deus.

Ainda que, às vezes, pessoalmente enfrentemos desafios e nos vejamos fora de uma circunstância ideal, lembre-se que “com Jesus venceremos sempre, sempre, sempre”, como prega o Irmão Paiva. Se dedique a isso. Se você vai arriscar, faça por Jesus. Faça o melhor com o que você tem. Assim como os primeiros cristãos que começaram em uma caverna onde o risco de prisão e morte eram rotina.

Dessa forma estabeleceremos nossa conexão com Jesus. Sentiremos Sua Paz em nossos corações. Sua Paz traz a certeza de que estamos no caminho certo e seremos reconhecidos, não somente, como Seu discípulo, mas também como Seu amigo.

“Já não mais vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto aprendi com meu Pai vos tenho dado a conhecer”. (Evangelho do Cristo, segundo João, 15:15).

Essas palavras também foram reunidas pelo Irmão Paiva Netto em forma de Tratado, fazendo uma bela declaração do Novo Mandamento de Cristo para todos nós. Nossa Divina Regra a ser seguida.

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