Gerações Espirituais — Um estudo

Arquivo Pessoal

O tema sobre gerações muito nos interessa, inclusive para comparar as tendências passadas de um determinado grupo de pessoas com as tendências futuras de outro grupo.

É a partir dessas nomeações geracionais, que passamos a refletir sobre nossas atitudes atuais e como elas estão moldando os hábitos da sociedade.

Honra entre gerações

Um dos primeiros a trazer a discussão sobre o cuidado necessário que deve existir entre as gerações foi Moisés, quando trouxe o 4º Mandamento da Lei de Deus (Deuteronômio, 5:16):

— Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que o Senhor, teu Deus, te dá. (Deuteronômio, 5:16)

Muito há que se discutir sobre os diferentes pontos que essa Lei traz, mas vamos nos focar à Honra aos antepassados.

Essa ideia pressupõe virtuosidade, honestidade. Nesse caso colocamos dentro do aspecto de honestidade para com o seu passado, mas claro que com o devido bom senso e avaliação das condutas. Podemos dizer que a partir desse princípio passamos a elaborar o que hoje conhecemos por história. Na compreensão do histórico das famílias, ou seja, dos integrantes de determinadas árvores genealógicas e de seus feitos, foi se ampliando a visão sobre as consequências dessas mesmas escolhas.

A partir disso, passamos a entender como as respectivas circunstâncias aconteceram e continuam acontecendo. Por exemplo, se pela história compreendemos que a ruína de determinada sociedade se deu pela ganância exacerbada de determinada geração de pais e mães, seria honroso de nossa parte repetir os mesmos atos? Claramente que não. Lembra? Honra está vinculada à honestidade, através dela entendemos que honroso é aprender a lição sem filtro e trabalhar para que gerações futuras da família não cometam os mesmos erros.

Gerações espirituais

O que estamos inicialmente discutindo está apenas no âmbito da matéria. Agora quando subimos mais um degrau e passamos a observar essas questões por uma ótica espiritual, entendemos que as gerações futuras da família somos nós retornando depois de honestamente avaliar nossa conduta passada e assim honrosamente corrigi-la.

Ao entendermos isso, vemos que apesar de gerações terrenas serem diferentes, hábitos que pertencem ao Espírito se mantêm ou se modificam a depender do sentido geral da missão que deve ser cumprida.

Ciclos espirituais e humanos

Ouvindo a série radiofônica “Evangelho Unificado de Jesus” do Irmão Paiva na SRBV (Super Rede Boa Vontade de Rádio), fiquei interessado com um ponto da pregação sobre os Ciclos espirituais e humanos de realização apostólica. Quando ele fala que “essas gerações se sucedem num ritmo quaternário”.

Não sou músico, portanto, fui pesquisar para entender o que isso significa. E, literalmente (risos), representa um  compasso ou ritmo de quatro tempos.

Assumindo essa ideia, procurei matematicamente enquadrar os tempos entre esses ciclos das gerações espirituais. Inspirado pelas explicações doutrinárias da Quarta Revelação, procurei localizar no tempo como esses ciclos e gerações apostólicas “solidariamente se interpenetram”, conforme está no segundo volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. São elas:

1º Ciclo (primeira geração): o dos Joões que, a exemplo de João Batista, são os precursores;

2º Ciclo (segunda geração): o dos Pedros, cujo papel se compara ao do grande pescador da Galileia, sendo, pois, os consolidadores, apascentadores;

3º Ciclo (terceira geração): o dos Paulos que, como Paulo Apóstolo, assumem o compromisso de serem os pregadores expansionistas que levam a mensagem ecumenicamente irrestrita da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, com a Política de Deus, a todo o mundo;

4º Ciclo (quarta geração): o dos Franciscos que, com a religiosidade empolgante do Santo de Assis, serão os ceifadores e colhedores da Seara, os que com o Evangelho-Apocalipse iniciático, como o quarto Evangelho Bíblico, governarão os seres humanos-espirituais no terceiro milênio. Firmados sobre as novas bases evangélico-apocalípticas, lançadas pelas gerações anteriores, levantarão das ruínas a nova civilização, com a Nova Ordem que é do Cristo de Deus, não a da cruz tortuosa de homens assassinos. Teremos, com esse ciclo, o Novo Céu e a Nova Terra, anunciados por Jesus, no Apocalipse, a Nova Jerusalém, Capital do Israel de Deus, onde se encontra, constituído sobre o Monte Sião Espiritual, o Templo da Boa Vontade. Será, como afirmava o Irmão Zarur, uma obra para gigantes, não para pigmeus espirituais.


Seguindo, portanto, o conceito do ritmo quaternário, mas também a realidade de que elas se interpenetram, coloquei as quatro gerações numa sequência de 4 anos, em que a cada ciclo de 16 anos elas recomeçam. Assumi como ponto inicial da contagem dos ciclos o ano em que o saudoso Irmão Alziro Zarur deu início à Legião da Boa Vontade, em 1949.

Cheguei, então, ao seguinte resultado:

João Batista, precursores (1º Ciclo - primeira geração): 1º de janeiro de 1949 a 31 de dezembro de 52; 1º jan de 1965 a 31 dez de 1968; 1º jan de 1981 a 31 dez de 1984; 1º jan de 1997 a 31 dez de 2000; 1º jan de 2013 a 31 dez de 2016;...

Pedro Apóstolo, consolidadores e apascentadores (2º Ciclo - segunda geração): 1º de janeiro de 1953 a 31 de dezembro de 56; 1º jan de 1969 a 31 dez de 1972; 1º jan de 1985 a 31 dez de 1988; 1º jan de 2001 a 31 dez de 2004; 1º jan de 2017 a 31 dez de 2021;...

Paulo Apóstolo, pregadores expansionistas (3º Ciclo - terceira geração): 1º de janeiro de 1957 a 31 de dezembro de 1960; 1º jan de 1973 a 31 dez de 1976; 1º jan de 1989 a 31 dez de 1992; 1º jan de 2005 a 31 dez de 2008; 1º jan de 2021 a 31 dez de 2025;...

São Francisco de Assis, ceifadores e colhedores da Seara (4º Ciclo - quarta geração): 1º de janeiro de 1961 a 31 de dezembro de 1964; 1º jan de 1977 a 31 dez de 1980; 1º jan de 1993 a 31 dez de 1996; 1º jan de 2009 a 31 dez de 2012; 1º jan de 2025 a 31 dez de 2029;...

Datas históricas

Diante desse cálculo, procurei ainda relacionar algumas datas históricas da Legião da Boa Vontade e da Religião do Terceiro Milênio para melhor entendimento da manifestação desses ciclos:

  • Em 1956 (Ciclo/Geração de Pedro Apóstolo), o Irmão Paiva inicia a sua missão na Quarta Revelação;

  • Em 1959 (Ciclo/Geração de Paulo Apóstolo), o saudoso Irmão Alziro Zarur proclama o Novo Mandamento de Jesus, expandindo a nossa compreensão quanto ao Verdadeiro Amor a ser praticado, o de Deus e do Cristo;

  • Em 1969 (Ciclo/Geração de Pedro Apóstolo), o saudoso Irmão Zarur consolida a doutrina da Religião do Terceiro Milênio com a proclamação do CEU, Centro Espiritual Universalista da Quarta Revelação;

  • Em 1973 (Ciclo/Geração de Paulo Apóstolo), com a proclamação da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, o saudoso Irmão Zarur avança com a ação ecumênica e transformadora da Quarta Revelação;

  • Em 1979 (Ciclo/Geração de São Francisco), o Irmão Paiva assume a LBV e a Religião Divina e assim, com pragmatismo e esforço contínuo, fortalece e desenvolve o sentido de religiosidade em todos os Cristãos do Novo Mandamento.

  • No início da década de 80 (Ciclo/Geração de João Batista), o Irmão Paiva, com sua Alma de vanguarda, traz novas perspectivas da doutrina da Religião Divina, a exemplo da Decodificação do Pai-Nosso (1981) e o lançamento da fase iniciática Jesus Está Chegando! (1982);

  • Em 1985 e 86 (Ciclo/Geração de Pedro Apóstolo), são consolidados pelo Irmão Paiva os primeiros passos para o cumprimento da promessa do saudoso Irmão Zarur de construir o Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF. Em 1985, lança o desafio da construção, em Belo Horizonte/MG; e em 1986, já torna real a Pedra Fundamental do TBV;

  • Em 1989 (Ciclo/Geração de Paulo Apóstolo), com a inauguração do Templo do Ecumenismo Divino, o Irmão Paiva expande espiritualmente e materialmente a vibração da Quarta Revelação no mundo, anunciando inclusive que dava início o toque da Sétima Trombeta do Apocalipse de Jesus.

  • Em 2019 (Ciclo/Geração de Pedro Apóstolo), são consolidados 30 anos do Templo da Boa Vontade, trabalhando pela União Consciente das duas Humanidades — a do Céu e a da Terra.


Certamente haverão muitos mais fatos históricos e ciclos/gerações de almas na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo.

Opinião

Como coloquei no título, é um estudo. Agora, qual a sua opinião? Concorda ou discorda?

Qual a sua geração? Se identificou com ela? Deixa nos comentários!

Que a luz de Cristo seja o nosso norte!

Viva Jesus em nossos corações para sempre!

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